Povos indígenas na luta pelo direito de viver
O número de indígenas assassinados em 2020 foi o mais alto em 25 anos. Segundo relatório divulgado ontem (28/10) pelo Conselho Missionário Indigenista (Cimi), foram registrados 182 assassinatos, um recorde desde que o levantamento começou a ser divulgado, em 1995.
Na comparação com 2019, quando foram contabilizados 113 assassinatos, a alta foi de 61%. Segundo a entidade, 2020 foi um ano trágico e a violência contra os povos indígenas atingiu o mais alto patamar dos últimos cinco anos, em crimes contra a vida e o patrimônio. A pandemia de Covid-19 não inibiu a ação de invasores.
Em 19 estados, 201 terras indígenas foram alvo de 263 invasões e exploração ilegal de recursos naturais, como madeira e ouro. É quase a mesma quantidade de 2019, primeiro ano do governo Bolsonaro, mas 141% maior em relação a 2018.
Das 1.299 terras indígenas do país, 64% seguem com pendências de regularização, das quais 536 são áreas reivindicadas como ocupação tradicional de povos indígenas, sem que existam processos de identificação ou delimitação.
A situação fez crescer a violência e também os conflitos por terra, que somaram 96 no ano passado – 174% a mais em relação a 2019. “O governo é a principal causa desta dor”, afirma Antônio Eduardo Cerqueira de Oliveira, secretário executivo do Cimi.
Via: @trabalhoindigenista
Saiba mais em: https://glo.bo/2XWFnNj
#EmergênciaIndígena5 sem